A propósito de artigo anteriormente publicado "Que futuro para Bisalhães?" e transpondo a sua reflexão para o tema do artesanato em geral e as artes manuais, não podemos deixar de referir o desinteresse, em nosso entender, com que estas matérias têm sido tratadas em opções políticas apenas preocupadas com grandes projetos, descurando estas pequenas grandes coisas que também dizem respeito à cultura dos povos.
Note-se que nas áreas da formação e educação públicas, contrariando estudos científicos de que os trabalhos manuais são um contributo muito importante para o desenvolvimento intelectual e destreza manual do indivíduo, decidiram em tempos os responsáveis retirar do currículo do ensino básico a disciplina de Trabalhos Manuais, inserindo apenas reduzidíssimas partes do seu programa na disciplina de Educação Visual, passando esta a ter o nome de Educação Visual e Tecnológica, atualmente dividida nas disciplinas de Educação Visual e Educação Tecnológica, com a consequente redução do número de horas letivas e daí os seus programas não serem abordados com a profundidade desejável, sobretudo no que respeita às manualidades, como é o caso do barro, as madeiras, os trabalhos em papel, a tecelagem, tapeçaria e cestaria.
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