Após uma boa caminhada até à Açureira e já de regresso à bouça onde combinámos um encontro para o piquenique, pela corrente fresca do rio Olo, entre arbustos e árvores frondosas, encontrámos o Sérgio e o seu filho João a apascentar um rebanho com umas duzentas cabeças, mais ou menos. Em longa conversa, comemos e bebemos com os dois, talvez durante uma hora ou hora e meia.
De um modo simples, os dois muito expressivos, ensinaram-nos sobre a tarefa diária de levar ovelhas, cabras e cabritos para o monte, por acaso naquele dia rio acima onde a verdura é abundante, neste que principia lá para os lados de Meroicinhas, lugar da freguesia de Lamas de Olo.
Falaram-nos do trabalho e da arte de conhecer os animais, modos de agir e parar para parir. Quando isso acontece no chocalhar das águas ou fraga atravessada no rio, às vistas da mãe o nascente vai ao colo do dono – o Sérgio –, enquanto o sol, de tanta vegetação, falseia por relampejos o caminho e quase entorpecido chega a casa, ofertando à mulher o nado cabritinho que toma nos braços com meiguice e cuidados.
O Sérgio de Varzigueto e seu filho João (II)
O Sérgio de Varzigueto e seu filho João (II)
Comentários
Enviar um comentário
Faça o seu comentário ou sugestão...