Um certo desânimo após a ressaca passada levou Chixe a permanecer mais tempo no monte com os animais, amuado e desconfiado das suas próprias ideias e horizontes cravados de exagero. Certezas absolutas não tinha afinal sobre a empreitada em mãos na sua cabeça. Uns fins de tarde e umas tantas noites passaram vazios mas de bons proveitos, acalentando-lhe o espírito, deixando mesmo de pôr os pés nem sequer na praça do café. Contudo, passados os efeitos nocivos e restabelecida a ordem psicológica e a regularidade corporal, o homem das caganitas lá vai finalmente de encontro ao amigo Nanixe, não acostumado a falhar a diária para um copo ou dois no café central, a não ser que o fígado lhe desse pr’ó sono depressivo e evitasse também ele reuniões prolongadas como a recentemente sucedida, assim Chixe terá cismado.
A frescura da serra, os ares límpidos que por lá se respiram e as pedras graníticas e xistosas, obras cuidadamente expostas em planaltos sobressaltados de curtas planícies, tudo bem resguardado em densos arbustais e as aves que aí pernoitam e cantam são fonte inspiradora para os pastores e, no caso, para Chixe, homem de muitos planos e convicções sofridas de entusiasmos, insistente nos atos e palavras como se de ajuste religioso se tratasse.
Os dias são agora mais crescidos. Sem nada combinado e em pura coincidência encontram-se de novo os amigos num olhar sorridente ao dono do café a corresponder amavelmente à saudação!
A força das caganitas
A força das caganitas
Comentários
Enviar um comentário
Faça o seu comentário ou sugestão...