Luísa, enérgica como sempre
A hora da refeição aproxima-se e há que escolher o sítio mais escondido do sol abrasador. A sesta é inevitável. No mesmo banco em que se comeram as batatas regadas em bom azeite, pende-se agora a cabeça sobre o peito, reforçando a papada.
Fora da porta, no mocho de castanho, lá está a Luísa, enérgica como sempre, molhando o dedo na língua, esticando a linha, movimentos ritmados, cosendo e remendando. Sente um aperto no peito, tem pressa de acabar. Quer começar com os lençóis, com as rendas, não tarda é o dia do casamento.
Encontro no Farol XII - O trajecto da procissão
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