Um prato de fome, claro que não!
Leitão, bacalhau e vitela, de boca! Sendo bacalhau de premeio, alguma coisa estaria para acontecer. Não, afinal, não! Apenas uma impressãozinha ou nada que fizesse esplendor.
Continuámos na expectativa ou esperança de uma coisa normal. Um prato de fome, claro que não, mas era bom despertar um sentido apenas, já não digo de tantos assados que se designam assim como parecendo estufados e mesmo estes mal disfarçados, decerto.
Lá vem o deslumbramento e meia dúzia de acabrunhados! Afinal a coisa é bem mais rica do que o previsto. Gordura não falta, empoleirada em gelatina, cremosa e outras bonitas palavras, sem mais, moldura às tiras queimada, dir-se-ia enfarruscada não fosse o torresmo de sabor.
Tantos anos de panela, melhor coisa seria de esperar.
– Por favor, queria pagar.
– Pagar é no balcão – isto sempre a andar.
De tachos, batatas e estrugidos, nas mesmas mãos outros códigos agora são de considerar.
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