Chixe procura a ajuda de Nanixe
No encontro daqueles dois, no café Central, ficou a saber-se que Chixe precisa da ajuda do amigo para a implementação de um negócio relacionado com as caganitas das suas cabras e das suas ovelhas.
Chixe vive de pequenas negociatas. Compra e vende de tudo que lhe vai aparecendo. Mas o seu negócio preferido é o do gado. Passeia com os animais pelos pastos da serra, e diverte-se enquanto vai e volta. Frequenta com assiduidade as feiras, vende um cabrito aqui e outro ali e mesmo assim o rebanho vai crescendo.
Em frente ao curral que lhe serve de guarda às cabras e ovelhas, possui uma leira – uma leira bastante grande, onde o pasto sempre cresceu a olhos vistos por via das caganitas, sobrando-lhe sempre em grandes quantidades e, por isso, tem sorte o amigo – o Nanixe –, que as espalha nos seus quintais, de onde colhe, em abundância e qualidade, as novidades para os seus gastos. Contudo, Chixe entende não ser suficiente para as suas aspirações.
Ouvindo falar de empreendedorismo e novas tecnologias, o Chixe não paraa de magicar noite após noite, tentando encontrar um investimento de jeito para a dita matéria-prima. Pediu, assim, ajuda ao seu mais próximo amigo e companheiro de copos e petiscos, pois ele é possuidor de alguma esperteza e mostra também agilidade nas contas.
Diz então o Chixe:
– O que quero mesmo é ajuda na organização, colocando por ordem os bons pensamentos, esquecendo as más intenções.
Responde o Nanixe:
– Não te apoquentes, homem. De oportunidades e contas percebo eu.
Maldita a hora em que o Nanixe começou a meter as caganitas do rebanho do Chixe na cabeça. A partir daí, a vida alterou-se-lhe por completo porque o homem das caganitas que julgava conhecer tem visões e aspirações muito ambiciosas e as contas manhosas a fazer ultrapassavam muito a esperteza dos dois.
Reuniões no Café Central
Reuniões no Café Central
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