Ditos sobre o mês de Maio - investigação de Jorge Lage
Maio frio, Junho quente, bom pão, vinho valente.
Maio frio, Junho quente, trazem o lavrador contente.
Maio que não dá trovoada, não dá coisa de nada.
Maio quente, traz o diabo no ventre.
Maio sem trovões, é como um homem sem tomatões.
Maio sem trovões é como um burro sem orelhões.
Maio trigão, Agosto milhão.
Maio, mês das flores, de Maria e dos amores.
Mal vai o maio, se o boi não bebe na pegada.
Míscaro de Maio, vede-o e deixai-o.
Não há Maio sem trovões, nem burro sem... orelhas.
Não há Maio sem trovões, nem moço sem calções.
Quando o Maio chegar, quem não arou há-de chorar.
Quando chove pela Ascenção, até as pedrinhas dão pão.
Quando em Maio arrulha a perdiz, ano feliz.
Quem semeia depois de Maio, semeia para o gaio.
Se soubesse quando era a quinta-feira da Ascenção, nem o passarinho punha o bico no chão.
Trigo, quer serôdio quer temporão, fica em Maio em grão.
Um de Maio: vê se te levantas cedo senão entra-te o Maio pelo cu acima.
Tantos dias de geada terá Maio, quantos de nevoeiro teve Fevereiro.
Quem não come castanhas no 1º de Maio, monta-o o burro.
Quem quiser bem à vizinha, em Maio dê-lh a sardinha.
Primeiro de Maio corre o lobo e o veado.
O Maio tem fama e o Junho é que engana.
O percebe e o salmão, em Maio estão em sazão.
O pó de Maio, cura as frieiras.
O touro, o galo, a truta e o barbo, no mês de Maio.
Por onde o Maio passou, tudo espigou.
Pão tremês, não o comas nem o dês; guarda-o para Maio.
Quem em Maio relva, não tem pão nem erva.
Quando cantar a cotovia em Janeiro, não faltam geadas em Maio.
O bom paio, vem de Maio.
Peixe de Maio, a quem o pedir, dai-o.
O meu amor anda tolo, cortou o cabelo em Maio, ficou leve do miolo.
in As Maias entre mitos e crenças, de Jorge Lage
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