Artesanato: linhos de Agarez, Vila Real
Tear |
Em tempos idos, uma boa parte das famílias e casas de lavradores da região tinham à sua disposição teares, essas máquinas interessantíssimas para tecer, naturalmente mais ou menos complexas de acordo com as posses financeiras, pois um tear era construído com sabedoria e habilidade, tarefa só ao alcance de alguns.
O tear da foto não é um desses a que me refiro. É um tear de mesa, de dimensões mais reduzidas que os de Agarez, contudo, semelhante na complexidade, servindo igualmente para tecer peças mais pequenas. Encontra-se atualmente no ArteAzul’Atelier, em Vila Real, para aprimoramento da sua estrutura, com objetivos de investigação da arte de tecer e, eventualmente, realização de algumas obras.
Linho |
Outros teares, ou pelo menos vestígios estarão ainda na posse de algumas famílias, em certas aldeias, como em Agarez, a mais representativa, mas também Mondrões e Couto de Adoufe, entre outras no concelho de Vila Real, onde algumas artesãs continuam a trabalhar o linho.
É muito raro, na atualidade, o cultivo da planta, mas as fases seguintes à sua colheita, como a de ripar, espadelar, fiar e finalmente tecer, são ainda praticadas.
Colchas e toalhas, obras preciosas de artesanato em linho são cuidadosamente efetuadas por mãos experientes, como são sobejamente conhecidos os linhos de Agarez, em Vila Real.
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