Ensinar jogando
No seu livro "Jogos Populares Portugueses", António Cabral chega a conclusões muito interessantes e, de facto, muito importantes para o desenvolvimento do ensino, muito especialmente o ministrado às crianças. No capítulo "Os Jogos Populares e o Ensino", António Cabral refere duas frases de dois estudiosos desta matéria:
- Todo o comportamento é motivado - disse Young em 1936;
-
As tentativas experimentais para demonstrar a aprendizagem sem motivação
provaram ser todas equívocas
- disse Bugelski.
O aluno aprenderá tanto mais e melhor quanto mais despertado for, ou seja,
para manter o aluno interessado e atento, o professor deve motivá-lo
despertando nele a curiosidade e o interesse em saber aquilo que desconhece,
chegando-se assim à conclusão que:
-
Face às novas concepções do processo de aprendizagem, a motivação passou a
constituir o centro de interesse de todo o processo educativo
- conforme nos diz Dinah Martins de Souza Campos em "Psicologia da
Aprendizagem".
Perante as afirmações anteriores e a sua própria reflexão, António Cabral
infere que um bom meio para facilitar a aprendizagem é o jogo, o que não
significa dever jogar-se enquanto o professor ensina. Para melhor aprender uma
lição o aluno não deve acompanhar fazendo um jogo. Este poderá servir, após
algum cansaço, para "arejar" o cérebro e as ideias. Contudo, o professor deve
transformar em jogo a matéria que está a ensinar. Depreende-se que para
algumas matérias não será assim tão fácil.
-
Ensinar jogando depende da imaginação e da inteligência de quem ensina
- alega António Cabral.
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