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A aldeia conhecida por lugar do Cimo do Monte

“Lugar do Cimo do Monte”, lugar isolado das grandes freguesias


O “Lugar do Cimo do Monte” é um lugar isolado das grandes freguesias e da vila que a superintende, mas com uma vida muito ativa, através de alguns dos seus habitantes que, diga-se, são em número abreviado.



Com verdade, o lugar do Cimo do Monte ou aldeia do Cimo do Monte, assim também conhecido, como facilmente se constatará pelas descrições e factos ocorridos, tantas vezes simplórios e burlescos, é uma designação fictícia, que pelas características e naturalidade dos homens e mulheres do lugar podem bem representar muitas das aldeias transmontanas e durienses, situadas em locais mais ou menos remotos das montanhas que fazem a linda região de Trás-os-Montes e Alto Douro. Hoje em dia, esta designação, por circunstâncias administrativas, e outras, alterada, é região dividida em duas nas palavras. Contudo, para os mais conservadores, as duas sub-regiões continuam a integrar a mesma e única região, se bem que as suas características sejam em certa medida quase antagónicas: a rudeza da primeira, contrabalançando a suavidade no cantar dos horizontes da segunda. As linhas muradas construídas com suores e sacrifício ao longo de séculos trouxeram modernidades que o Alto Douro desconhecia, e as denominações cruzam-se agora dependendo dos interesses e, por isso, tomo eu também a liberdade de, tal como descrevo sucintamente na fronte do canal no YouTube onde insiro vídeos que contam estórias e descrevem paisagens, chamar-lhe Douro Valley e Trás-os-Montes, não constituindo qualquer originalidade, só porque julgo caminho mais fácil aos tais algoritmos de que tanto se fala, influenciadores dos motores de busca na internet ao encontro com os textos e os vídeos que insiro respetivamente neste blogue e no canal NetBila do YouTube.
Tento vencer temores, preconceitos, observações desfavoráveis, caminhando sem querer, inevitavelmente pelo irrisório, vezes que não sei contar, ainda assim livre, servindo-me do Cimo do Monte como suporte para situar e construir personagens de acordo com o conhecimento da convivência à medida dos anos.
Ao lugar do Cimo do Monte, antigamente, para lá chegar, seria necessário calcorrear caminhos estreitos e tortuosos, por meio de tojos e giestas, e fragas que desenham os horizontes de hoje, obras de arte da natureza, intactas, apesar dos progressos das estradas alcatroadas, através das quais se chega no tempo atual ao centro da aldeia, e ao café ou tasca, onde os proprietários servem uns bons petiscos e um vinho que anima as conversas entre os amigos. São poucos, mas bons, tais como o Ti Zé, a “patroa” do Ti Zé e a Eufrásia, o Toino, o Tchico e o Nanico. O taxista, vindo da aldeia mais próxima, por lá sofre desalentos, ou porque as corridas são demasiado curtas, ou então as embaralhações dos seus clientes ultrapassam-lhe os limites. Não são fáceis as vidas dos personagens naquele monte. Mesmo assim, as suas alegrias e o entusiasmo de viver geram estórias divertidas e mantêm primorosa a paisagem.

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