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Despontar precoce da primavera

Bom prenúncio neste despontar precoce da primavera de 2021, em Vila Real, Trás-os-Montes!

Igreja Matriz de S. Lourenço de Ribapinhão

Aspetos da freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, do concelho de Sabrosa, e a sua Igreja Matriz, na tarde de 24 de fevereiro de 2021.

Castanhada

Castanhada por Jorge Lage Ingredientes: 1 kg de castanhas; 600 g de açúcar; 2,5 dl de água; 1 vagem de baunilha. Confeção: Golpeie as castanhas de modo a cortar-lhes a casca e a pele. Leve as castanhas ao lume, numa panela, cobertas de água. Deixe-as ferver durante 3 minutos. Descasque-as em seguida. Leve-as de novo ao lume, uma vez descascadas, cobertas de água quente, e deixe-as cozer. Depois de cozidas, passe-as por um passe-vite, repetindo a operação por três vezes. Num tacho, leve o açúcar com água e a vagem de baunilha a lume brando e deixe ferver, até ganhar ponto de pérola. Junte-lhe o puré de castanhas e mexa com uma colher de pau até o doce ficar transparente. Guarde o doce em compoteiras ou utilize-o como base de outras sobremesas ou em recheios. Receita extraída do livro «A Castanha Saberes e Sabores», de Jorge Lage Nota: A “Castanhada” foi servida no almoço, em Al

Delícia de Castanha

Delícia de Castanha por Jorge Lage Ingredientes: 0,5 litro de leite; 6 gemas; 150 gramas de açúcar; 6 folhas de gelatina; 500 gramas de castanhas; 0,5 litro de natas. Preparação: Ferva o leite e retire do lume. Numa tigela, misture as gemas com 100 gramas de açúcar e mexa até obter uma mistura clara. Junte-lhe o leite fervido, mexa e leve novamente ao lume, mexendo sempre. Logo que comece a querer ferver, retire e junte as folhas de gelatina previamente demolhadas; misture bem e deixe arrefecer. Depois de frio, adicione o puré de castanhas. Bata as natas com o restante açúcar em chantilly e junte cuidadosamente ao preparado anterior. Deite numa fôrma passada por água fria e meta no frigorífico até solidificar. Desenforme cuidadosamente e decore a gosto. Receita de Susana Rafaela M. Alves, de Bragança, in «Doçaria Tradicional de Castanha». O puré de castanhas pode ser obtido cozendo as castanhas e passando-as no passe-vite.

Prémio literário atribuído a Jorge Lage

A Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa premiou o escritor Jorge Lage A Direção da Casa de Trás-os-Montes e Alto-Douro atribuiu o Prémio Literário Prof. Doutor Adriano Moreira, de Carreira, ao escritor Jorge Lage, segundo notícia da mesma Direção, na sua página do Facebook. O escritor e investigador, também jornalista, colaborador em vários jornais transmontanos e blogues, entre os quais este mesmo, o NetBila, em netbilanews.com , é natural da aldeia de Chelas, concelho de Mirandela, constando no “Dicionário dos Mais Ilustres Transmontanos e Alto-Durienses”. Jorge Lage tem dedicado uma boa parte do seu tempo ao estudo da história, cultura e tradições da castanha, sendo considerado um especialista, com vários livros publicados sobre o tema. Jorge Lage, investigador etnográfico Jorge Lage, investigador e escritor (vídeo)

Bolo de nozes com chocolate

Bolo de nozes com chocolate Enviado por Maria da Graça Ingredientes: 250 gramas de miolo de noz; 250 gramas de açúcar; 8 ovos; 1 tablete de chocolate de 125 gramas; 1 chávena de café de leite; 1 colher de sopa de manteiga. Confeção: Batem-se as gemas com o açúcar, muito bem batido, juntam-se as nozes (moídas), e depois as claras em castelo. Em seguida, deita-se a massa em fôrma untada e vai ao forno, durante 30 minutos. Derrete-se a tablete de chocolate com manteiga e leite, e barra-se o bolo, depois de desenformado.

Cozido

Antes da Quaresma, Cozido à Portuguesa Cozido à Portuguesa De um modo simples, a Quaresma pode definir-se como o intervalo entre a Quarta-feira de Cinzas e o Domingo de Páscoa – tempo de preparação para, cristãmente, se celebrar a Páscoa. Na tradição católica, assinala-se a Quarta-feira de Cinzas com a simbologia da imposição das cinzas. O domingo e a terça-feira de Carnaval que antecedem a Quaresma são dias de excessos, segundo as nossas tradições, nomeadamente o que respeita à gastronomia, referindo-me especialmente à da região transmontana. Contrastando com os dias magros da Quaresma, é tradição no domingo de Carnaval, designado também por domingo Gordo, e na terça-feira a seguir, comer pratos pesados como por exemplo o cozido à portuguesa, à transmontana, à barrosã, e outros sem nome, mas semelhantes. Este ano, pela falta das feiras de fumeiro, em razão da crise sanitária e consequentes restrições de mobilidade, as boas carnes do porco são mais difíceis de encontrar, a não ser nas

A Ponte da Misarela

As lendas da ponte da Misarela, lembradas por Manuel Fontoura na sua autobiografia!

Feiras de Fumeiro

Não sendo possível, neste ano de 2021, a realização das famosas feiras de fumeiro, nomeadamente as de Trás-os-Montes, em virtude da crise sanitária que o mundo atravessa, mostra-se neste vídeo uma série de imagens inéditas do ano passado, recordando tão importantes eventos culturais e de comércio, onde milhares de visitantes afluem!

Batatas a murro

Batatas a murro, simplesmente Batatas a murro No artigo deste blogue “ Bacalhau assado ”, de dezembro de 2019, é referido esse prato tão gostoso e tão apreciado por todos quantos gostam desse tal, oriundo das águas frias do Norte. Esse artigo surge do reparo a determinado “bacalhau assado com batatas a murro”, sem que se mencione o lugar onde foi por quatro amigos mal degustado, em respeito pelas razões que possam ter justificado e terão levado alguém a cozinhar com tão fraca qualidade, respeito também, e sobretudo, por todos os restaurantes que nesta crise sanitária tantas dificuldades têm passado os seus proprietários e empregados. Mas não se confunda a data onde o mal-amanhado foi ingerido, pois pandemia não existia e os convívios ocorriam numa normalidade, tão desejada neste tempo. De modo nenhum serve esta introdução para repetir o desabafo, mas pura e simplesmente despertar as atenções a umas boas batatas a murro, mesmo sem outro acompanhamento, a não ser o bom azeite e o bom alh

Bolo de Amêndoas

Bolo de Amêndoas Enviado por Maria da Graça Bolo de Amêndoas (imagem composta) Ingredientes: 250 gramas de amêndoa com pele; 250 gramas de açúcar; 6 ovos. Confeção: Rala-se a amêndoa com a pele. Batem-se as gemas com o açúcar até ficar em gemada clara. Em seguida, junta-se a amêndoa moída, e por fim as claras (6+3), em castelo bem firme. Vai ao forno em fôrma untada. Coze durante 20 minutos. Depois de desenformar, cobre-se com ovos moles. (As 3 claras que se juntam às 6, são tiradas aos ovos com que se confecionarem os ovos moles ou "doce de ovos").

Pudim de Mel

Pudim de Mel Enviado por Maria da Graça Pudim de Mel (imagem composta) Ingredientes: 400 gramas de açúcar; 9 ovos; Duas colheres de sopa de mel; Uma colher de sopa de azeite; Uma casca de limão. Confeção: Juntam-se os ingredientes todos numa tina e ligam-se, batendo tudo muito bem. Em seguida, deita-se o preparado em fôrma untada com margarina e farinha. Coze em lume muito brando, no bico do fogão. (Também pode cozer-se em forno médio).

Canelo e batatas loiras

Canelo fumado cozido com batatas loiras Descrevi na rubrica “Gastronomia” deste blogue a confeção do “ Canelo fumado cozido e assado com batatas assadas ”. O prato referido no título deste pequeno artigo dispensa grandes considerações acerca da sua confeção, pois a sua receita é muito simples e conhecida das cozinheiras, sobretudo dos laurentinos da freguesia de S. Lourenço de Ribapinhão, do concelho de Sabrosa, de onde advém a inspiração para a lembrança deste manjar especial. As batatas, neste caso, são loiras, isto é, cozidas e de seguida, numa frigideira com azeite ou óleo, aloiradas e estaladiças. O canelo, tal como o “Canelo com batatas assadas”, deverá cozer-se em panela de pressão durante duas horas e meia, devendo escolher-se uma peça não demasiadamente seca. O canelo fumado cozido, as batatas loiras estaladiças e também uma couve cozida, ou refogada ao de leve em azeite e alho, serão acompanhados de um bom vinho tinto do Douro, ou mesmo um vinho de S. Lourenço de vinhas antig

Tarte de coco

Tarte simples, de rápida confeção Ingredientes: Uma base de massa folhada Quatro ovos 200 gramas de açúcar Um pacote de natas 100 gramas de coco ralado Confeção: Unta-se com manteiga uma fôrma de tarte e forra-se com a base de massa folhada. Num recipiente, juntam-se os ingredientes e batem-se muito bem, deixando-se o coco para o fim, que se envolverá finalmente com a massa. A mistura obtida derrama-se na fôrma de tarte, levando-se ao forno a 180 graus centígrados, durante quarenta minutos.

Jogos Populares, em Vila Real, em 1977

Jogos Populares Transmontanos Jogos Populares Transmontanos, em Vila Real, em 1977 (A taça para o 1º prémio) Como foi já referido nestas páginas, o tema "Jogos Populares" e a feitura de alguns artigos relacionados, apoiaram-se no estudo e investigação efetuados por António Cabral, expert do Conselho da Europa no II Estágio Alternativo Europeu sobre Desportos Tradicionais e Jogos Populares. Excertos, imagens e resumos dos seus livros editados sobre este tema, têm sido aqui inseridos. Diz António Cabral no seu livro "OS JOGOS POPULARES (Onze anos de história: 1977-1988)" que a grande festa de Jogos Populares ocorreu, em vários pontos da cidade de Vila Real, em 13 de Novembro de 1977. Com um garrido cenário de zés-pereiras, tunas, bandas de música, ranchos folclóricos e grupos de teatro, participaram nos jogos, perante vários milhares de espectadores, cerca de 1150 pessoas (crianças, jovens e adultos de ambos os sexos) . Subida ao poste ensebado, jogo do cepo, jogo da

Jogos Populares

Implementação dos Jogos Populares pelo CCRVR António Cabral Segundo o livro "Os Jogos Populares" de António Cabral, foi em Vila Real que, em 13 de Novembro de 1977, se iniciou o movimento de recuperação festiva dos jogos populares, tanto em Portugal como no resto do mundo. Em Setembro de 1988, o CCRVR - Centro Cultural Regional de Vila Real - preparou: - os II Jogos Populares do Marão, juntamente com a Associação Cultural de Candemil; - os VII Jogos Populares Galaico-Transmontanos de colaboração com a Associação Pedagógica Galaico-Portuguesa; - os VI Jogos Populares Transmontanos; - os V Jogos Populares Transmontanos Infantis. Fez a avaliação da sua participação na grande festa de Jogos Populares Portugueses, em Lovaina (Bélgica), entre 14 e 18 de Setembro. Trabalhou, através do seu representante, na Comissão de Honra dos Jogos da Malha, uma iniciativa da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis. Preparou uma exposição sobre jogos populares e organizou uma ludoteca. A apresent

As Festas dos Jogos Populares

O Jogo das Panelas, junto à Torre de Belém Imagem do livro "Os Jogos Populares (Onze anos de história: 1977-1988)", de António Cabral Jogo das Panelas, numa festa de Jogos Populares, junto à Torre de Belém, em Lisboa! A partir de 1977, com a grande festa de jogos populares - I Jogos Populares Transmontannos -, inúmeras localidades transmontanas começaram a festejar o seu reaparecimento. De facto, nesta altura, as populações sentiam que a cultura popular, a sua própria cultura, renascia pelo interesse e empenho que todos demonstravam e pelos apoios que recebiam das estruturas locais do Estado. António Cabral esteve à cabeça deste movimento, contribuindo com o seu entusiasmo, a sua investigação e o apoio dado aos grupos que, entretanto, se formaram e organizaram em associações culturais, tomando estas parte na implementação dos jogos, alguns deles adormecidos pela distância do tempo. Até ao ano de 1988, os jogos populares transmontanos percorreram e divertiram milhares de pesso

Jogos populares entre 1981 e 1988

António Cabral foi o grande estudioso e investigador dos Jogos Populares António Cabral Entre os anos de 1981 e 1988, os jogos populares transmontanos foram, por todo o território nacional e por vários países, mostrados e discutidos nas suas várias vertentes e sensibilidades. Além dos jogos propriamente ditos, com a participação festiva das populações, conferências, cursos, seminários, reuniões, publicações, exposições, filmes, etc., aconteceram com patrocínios das câmaras municipais e juntas de freguesia, centros culturais, escolas e universidades, Fundação Gulbenkian, Instituto Nacional dos Desportos e outras entidades. O tema foi estudado, investigado, discutido e colocado à disposição de todos, durante este período áureo dos Jogos Populares Transmontanos. António Cabral foi, de facto, o grande estudioso e investigador destes jogos que provêm de tradições ancestrais e que

Os Jogos Populares

Exagero dos detalhes Detalhes que não favorecem a actividade lúdica Numa pequena reflexão sobre jogos, no seu livro "Os Jogos Populares", António Cabral alerta para o exagero dos detalhes. Em jogos tão simples, como por exemplo, os jogos das crianças, mas também os dos adultos, determinados pormenores àcerca das regras, quando levados em conta com objectivos perfeccionais, desvirtuam completamente a actividade lúdica. Diz o autor: " ...num jogo tão simples como a Corrida do Arco, entrar em detalhes que nada têm a ver com a actividade lúdica infantil, complicando, por exemplo, o sistema de pontuação relativamente à queda do arco, ao derrube de obstáculos e aos minutos de prova, transforma-se o jogo numa autêntica gincana. Assim, com exagero de procedimentos em relação às regras de jogo, este deixa de ter características simples e perde espontaneidade e naturalidade. " António Cabral alerta ainda que os meios técnic

Os Narros

Quem são os Narros? por Jorge Lage Pela proximidade de uma localidade os vizinhos tendem sempre a arcar ou a ser confundidos, pelos que estão de fora. Em Valência ao ouvirem-me falar, disseram-me que eu era Galego. Até sou de perto e até o meu amigo José Posada, grande referência na indústria da castanha, dizia que eu era «Galego do Sul». No Litoral Centro chegam a dizer-nos que somos Espanhóis, pelo simples facto de ficarmos perto da fronteira.  Também a família mesmo que afastada acaba toda por «herdar» a mesma alcunha ou o epíteto. Mesmo que se queira negar, aparece logo quem diga: - É rescendido de… Vem isto a propósito de quem são os «Narros» ou mais depreciativamente os «Nharros»? Depois de muita consulta, investigação e pesquisa para o livro «Mirandelês», chegámos à conclusão que, em tempos recuados, os «Narros» seriam os humildes artesãos de metais dos subúrbios do casco velho de Bragança, hoje bem integrados na cidade. O Dicionário de Espanhol-Português refere «narria» como um

O Pulsar do País Real

Portugal adveio de um processo fraternal por Barroso da Fonte Por Barroso da Fonte, foi escrito este texto, e enviado ao NetBila, no dia 24 de Junho de 2011, data em que se completaram 883 anos da Batalha de S. Mamede, travada em Guimarães, após um processo quase ensaiado 268 antes. Ou seja: Portugal adveio de um processo fraternal que povos ancestrais foram preparando para que a emancipação se transformasse com quietude e naturalidade. Em 868 deu-se a reconquista cristã, com Vímara Peres a ser designado primeiro titular daquela porção de terreno que ocupava a parte poente do Império Asturo-Galaico-Leonês. Onde desagua o Rio Douro existia uma povoação conhecida por Cale que tinha influência fulcral para a entrada e saída daqueles que viviam do mar e pretendiam sossegar em terra firme, ou que, vivendo em terra, utilizavam o mar para viagens mais distantes. Desse movimento de entradas e saídas nasceu o Portus de Cale que daria Portusc

No tempo dos antigos

No "mou" tempo! por Jorge Lage O tempo anual no meio rural media-se, e ainda se mede para os mais velhos, pela vida das pessoas, pelas colheitas dos frutos e outras fainas agrícolas do que pelos meses do ano. Depois, com mais precisão, era marcado pelas feiras e romarias e pelo calendário litúrgico. Ainda havia outros factos ou tempos nefastos para datar períodos mais longos. Começa assim a canção popular: Raparigas do meu tempo, Rapazes da mesma idade, Já que eu me caso tão cedo, Gozai vós a mocidade! Era o tempo de solteiro que passava para quem se decidia pelo casamento. Nesse tempo, o rapaz casava com a rapariga e a rapariga escolhia um rapaz. Para trás ficava o «tempo de escola», para quem a podia frequentar. Ficava, ainda, «o tempo de rapaz» e «o tempo de rapariga», que, geralmente, quase coincidia com a adolescência, «o tempo de solteiro». A pessoa que casava passava a ter o estatuto de homem ou de mulher adul

Os Jogos Populares: Onze Anos de História

Os Jogos Populares, de António Cabral Os Jogos Populares: Onze Anos de História - de António Cabral Deste livro, "Os Jogos Populares (onze anos de história)", de António Cabral, transcrevemos algumas referências.  O livro regista, em primeiro lugar, a ação que o Centro Cultural Regional de Vila Real desenvolveu em favor da animação, recolha, investigação e promoção dos jogos populares da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, segundo palavras do autor, no próprio livro. Para além disso, o CCRVR, participou em ações em que estiveram presentes jogos de outras regiões portuguesas e de outros países, contribuindo para a sua difusão. António Cabral afirma no seu livro que, em 13 de novembro de 1977, se iniciou o movimento de recuperação festiva dos jogos populares, tanto em Portugal como no resto do mundo. Por outro lado, pertence ao autor a primeira obra em que se avalia uma vasta recolha de jogos populares portugueses no seu estudo psicológico, antropológico, semiótico e históri

Jogos Populares Portugueses

Jogos Populares Portugueses, de António Cabral por Editorial Domingos Barreira No livro "Jogos Populares Portugueses" diz o seu autor – António Cabral: "...Vejamos como os jogos do nosso povo, tradicionais ou não, se ligam frequentemente ao trabalho, sobretudo ao rural, e não podem entender-se no seu verdadeiro significado sem que essa ligação seja tida na devida conta. A ligação em alguns é mais do que evidente, como é o caso dos jogos do malhão, da reca, das andas, do ferro bacelar, das corridas de burros, de cântaros, etc. O burro utilizava-se, como ainda se utiliza, para transporte de cargas e de pessoas, à ida e à vinda do trabalho do campo e para serviços com ele relacionados." Todas as formas culturais evoluem. Estão sujeitas às vicissitudes do tempo, às mudanças sociais, a novas influências estéticas e a novoas ritmos de vida. Mas a essas formas culturais subjaz um quotidiano das comunidades reflectido numa identidade específica que se projecta na cultura do

O Jogo Infantil

O Jogo Infantil: Período sensório-motor por António Cabral «O jogo consiste em transformar um meio num fim em si mesmo», disse Piaget. Isso acontece com o jogo infantil. No seu quarto estádio de desenvolvimento, entre os 8 e os 12 meses (período sensório-motor), a criança aprende a separar os meios dos fins e o jogo surge. Por exemplo: uma bola com que brinca escapa-se para trás de um obstáculo; antes, fora do alcance visual, não a procurava, mas agora sim. Ultrapassar o obstáculo é o meio a que pode achar graça. Se o converte num fim aparece o jogo. O mesmo sucede com o jogo popular. O homem que lança fora do campo, onde trabalha, a pedra que o estorva pode converter o lançamento num fim em si mesmo e assim nasce o jogo do malhão. in Jogos Populares Portugueses , de António Cabral